C.H | Fifty five days | Capítulo 16


Ciquenta e Cinco dias.



E de repente o mundo pareceu pequeno demais diante de meus olhos, tão comprimido, fechado, abafado que fazia meu coração disparado tornar inaudível as vozes ao meu redor.

- Como assim?- senti minhas mãos geladas sob a pele macia e quente de May, a segurei juntando-a mais ainda ao meu corpo como se a qualquer momento fossem a levar de mim.
O maldito pânico ataca novamente.
Observei Caleb ao meu lado. Sua expressão de sobrancelhas cerradas, lábios que se moviam lentamente dizendo o quanto aquela ação era desnecessária e prejudicial à May, e a nós. As mãos gesticulavam transmitindo toda a sua inquietude diante daquela nova notícia.
E o meu mundo girando em lentidão a medida que aquela realidade se colidia com meus pensamentos.
- Vocês estão se apavorando por um motivo não necessário. - Maik interrompeu Caleb no mesmo momento que minha órbita situou-se
-NÃO NECESSÁRIO? - Gritei apavorada, com lágrimas que corriam pelo meu rosto. - VÃO TIRA-LÁ DE MIM AOS POUCOS, ACHA QUE NÃO SEI COMO FUNCIONA? - Berrei sentido Caleb pegar May de meu colo ao perceber o quanto estava exaltada, a pequena assistia tudo atenta. Eu não queria que ela participasse disso, não queria que fosse assim, mas foi.
-Olha Senhorita Campbell - O assistente falou calmo por cima da minha respiração acelerada. -, sei que se preocupa com May como uma mãe, mas sua atitude neste momento só nos mostra seu total descontrole emocional, isso não é algo bom.
Concluiu e eu fechei os olhos jogando o corpo para trás apoiando-o no estofado com as mãos em meus cabelos.
Pensando em como um dia tão incrível tornou-se um pesadelo.
Fitei o teto sob o silêncio do ambiente e enxuguei as lágrimas rapidamente antes de voltar a encarar Maik.
-Tudo bem, me desculpe? - Pedi observando Caleb tentar por May para dormir. - Fiquei nervosa porque acho uma crueldade essa atitude.- funguei.
-Como Caleb havia dito anteriormente... May está acostumada com nossos cuidados, há coisas que os avós maternos não sabem e... E todos os procedimentos, o dia ... O que ela come, como deve vesti-la e como coloca-la pra dormir. A casa dos avós tem total conforto e comodidade pra pequena? Eles tem mesmo estabilidade pra cuidar de May devidamente como cuidamos? - Conclui suspirando em seguida completamente agoniada com meus pensamentos turbulentos. Quanto mais hipóteses surgiam, mais dúvidas se formavam.
- É isso que precisamos saber. -Disse.
Deitei a cabeça novamente no sofá e fechei os olhos sentindo o coração contorcer a medida que me imaginava longos dias sem May.
-Quando? - Perguntei, um silêncio se fez sentido no mesmo momento que observei May dormir calmamente nos braços de Parker.
-No próximo sábado, os avós virão busca-la. Peço que deixe as coisas de May organizadas. -Maik fez uma pausa antes de proceguir-, fique calma Cher apesar de ser uma fase importante, não é algo permanente.
Mas eu não conseguia me acalmar, aquela altura eu já cogitava mil e uma possibilidades e me martirizava com o medo de não ter sido suficiente pra May.
Ao mesmo tempo que queria muito que a menina ficasse bem, e que se adaptasse, não sofresse com essa mudança tão brusca... Eu não queria.
Sabia que era um total egoísmo sem cabimento, mas era a dura realidade qual eu teria que enfrentar para que conseguisse ficar com May.
Era exatamente assim que teria que ser.
O inverso do melhor, teria que ser ruim, mesmo que eu não quisesse.
-Como estão? - O assistente mudou de assunto logo depois de eu ter assentido ainda submersa a dura aceitação.
-Estamos bem, ontem estivemos no jantar na casa dos avós de May e foi incrível, fomos muito bem recebidos. - Caleb respondeu firme.
- Sim, eu já sabia. - Maik o olhou.
- Como soube? - Parker se aproximou ainda com May adormecida em seus braços, em um tom duvidoso trajado em uma expressão de questionamento como se buscasse saber de algo que estava muito além do normal.
Maik continuou natural e ainda assim encostou suas costas no assento para ficar mais confortável.
- Sobre o que? - Ele respondeu.
- Está se fazendo de desentendido -Disse - Do jantar. - Esclareceu por fim sob o olhar tranquilo do psicólogo.
- Não há nada que precisa saber sobre isso. - Afirmou convicto e eu senti faíscas no momento que seus olhares se cruzaram.
Não precisava conhecer Caleb muito bem pra saber que ele duvidava de algo, restava saber o que.
-Bom, vocês já foram esclarecidos dos devidos assuntos.
Ainda estava submersa em minha bolha quando o assistente levantou-se pegando seus papéis de pressa.
- Cher, leve May para cima vou acompanhar Maik até a porta. - Parker pediu e no instante levantei-me peguei a pequena em meus braços e levei-a até seu quarto, pondo a mesma no berço parando para olha-la alguns segundos.
- Vai tudo acabar bem.- Sussurrei bejando-a, reparando em sua expressão serena de lábios vivos e bochechas coradas.
Assim que voltei notei Caleb guardar algo no bolso de sua calça, e com seu olhar pensativo sentou-se fitando algum ponto invisível na parede.
- Não está nenhum um pouco mal com toda essa situação? - Questionei notando o quanto estava frio e pensativo desde a hora que Maik dera a notícia.
- Esse tempo vai ser bom. - Ele disse. Seus lábios quase não se moviam.
Sentei-me a sua frente fazendo com que o ponto invisível que ele tanto observava fosse substituído pela face real de um ser humano: Eu.
-Você tá bem? - Perguntei franzindo as sobrancelhas tentando nem que minimamente descobrir o porquê de seu gelo.
- Estou... pensativo.
- Pensando no que ?
- Em algumas coisas.
- Desde quando precisa esconder de mim o que pensa? Ainda mais se seus pensamentos envolvem May e eu, acho que precisa me dizer o que é.
- Cher...- Caleb se aproximou tocando minha face contorcida em misto de tristeza, medo, curiosidade e receios. - Vai ser mais difícil pra você esses dias porque está com May desde o seu nascimento, pra mim também, mas não tanto quanto pra ti. - Ele olhou em meus olhos e eu senti verdade em suas palavras. - Por isso, quero que se concentre só nisso. Sem maiores problemas, deixe que o resto eu resolvo. Pode ser? - E pela primeira vez eu o entendi.
Ele não queria que sofresse por mais uma coisa, queria me privar de sentir além daquilo que estava passando e resolveu tomar pra si aquela agonia, um gesto claro de caridade e compaixão.
Assenti sentindo seus lábios tocarem em minha bochecha encostando no canto de minha boca.
- Confia em mim. - Ele sussurrou e me abraçou em seguida.
Naquele instante senti meus sentimentos mais conflitantes e incômodos desaparecerem naquele abraço que quase grudava nossos corações. E então, eu tive vontade de dizer que o amava, mas eu o amava? Talvez amasse apenas o que ele fazia por mim.
E em meio a tantas dúvidas e sentimentos misturados optei pela única certeza que tinha.
- Você foi a melhor coisa que aconteceu, obrigada.
Caleb se afastou para observar minha face e limpou as lágrimas que caiam dos meus olhos sorrindo com minhas palavras.
Quem diria! - Seus lábios vermelhos soavam como um convite irrecusável, seus olhos fitavam minha face e suas mãos em um carinho suave por meus cabelos me traziam calma. Fechei os olhos podendo desfrutar daquele momento, e sorri assim que os abri novamente para encara-lo lembrando-me de outro fator.
-Você vai me deixar? - Disse, sabendo que não poderia mais ficar sem ele.
-O que prefere? - Ele levantou as sobrancelhas grossas com olhar fixo nos meus.
-Que você fique.
-Ainda bem. - Comentou depois que respondi soltando um suspiro seguido de um sorriso de mostrar todos os dentes, lindo.
-Por que? - Perguntei quando o sentir se aproximar.
-Porque eu quero muito ficar.
Sorrimos juntos quando sua testa encostou na minha e nossos lábios se juntaram em um beijo que se aprofundou ainda mais quando uma de suas mãos apalpou uma de minhas coxas e seu corpo arrastou-se aos poucos para cima de mim. Resfoleguei entre o beijo sentindo o calor aquecer cada centímetro de mim por conta de suas carícias.
Correspondi seus toques beijando seu pescoço entre os intervalos em que sua boca estava ocupada fazendo o mesmo em mim.
Inevitavelmente meu corpo buscava o seu, como um imã que nos unia, sempre termivamos juntos.
Suas mãos apressadas buscavam a barra de minha blusa levantando-a para tocar meus seios por debaixo de meu sutiã.
Ouvi o grunhido escapar de seus lábios quando minhas mãos apalparam seu membro por debaixo da bermuda de tecido leve.
-Ah droga! Não comece o que você não será capaz de terminar Cher. -A sua voz grossa arrastou-se pelo meu ouvido e a vontade de provoca-lo ficou maior.
- Quem disse que quero que acabe? - Perguntei abafado contra seu pescoço.
E quando sua boca selou minha bochecha e eu inspirei um pouco de ar para dentro de meus pulmões senti o cheiro de queimado preencher o ambiente.
- Caleb... - Pedi arrastado, lutando contra a vontade de ficar ali.
- hummm... -Ele estava ocupado demais beijando meu pescoço e causando arrepios em meu corpo. - Porra, você é tão gostosa! -Exclamou olhando-me e eu pude notar suas bochechas vermelhas e alguns fios úmidos em sua testa.
É... o clima estava quente, tão quente que podia sentir o cheiro inundando o ar.
- Caleb o bolo! - Exclamei fazendo um sinal para que ele se levantasse.
- Que bolo? -Ele parou um segundo e quando a lembrança alcançou seus pensamentos impuros ele levantou-se depressa.
- PUTA MERDA, O BOLO! - Exclamou, correndo para cozinha com uma ereção enorme entre as pernas e comigo gargalhando logo atrás.
- Porra Cher! Já era. -Ele comentou logo depois de desligar rapidamente o forno, abrir para inspecionar o caso e verificar a gravidade da situação.
- Me deixa ver. - Pedi entrando em sua frente ainda com o riso preso na garganta.
Peguei uma das luvas e retirei a forma com o bolo de dentro do forno enquanto ouvia Caleb murmurar.
- O que vamos fazer com toda essa cobertura? -Perguntou enquanto mechia na calda de chocolate que havíamos preparado para despejar no bolo.
- Vamos fazer outro, sem problemas. Porque esse aqui, já era. -Comentei enquanto fitava o mesmo vendo que não tinha salvação para ele.
- Eu tenho uma idéia surpreendentemente melhor. - Se aproximou me encurralando entre o mármore que dividia a cozinha da sala. Seus olhos carregavam um brilho líquido de pura malícia que paralisaram meus sentidos por alguns instantes.
- Qual seria? - Questionei erguendo uma das sobrancelhas, na intenção de não evidenciar minha real excitação.
E então um de seus dedos encostou em minha boca e o cheiro do doce rapidamente atingiu minhas narinas.
Eu estava submersa nos pensamentos que carregavam o teor do porque daquela atitude, quando os seus lábios sugaram os meus lentamente absorvendo o conteúdo ali posto.
Foi o exato momento em que fui a loucura, fechando os olhos ao imaginar aquela mesma ação em outras/todas as partes do meu corpo. Minhas mãos se engrenharam nos seus cabelos no meio do beijo enquanto as suas apertavam minha bunda com vontade.
- Olha, -Ele resfolegou com sua testa colada na minha e seus olhos vidrados nos meus. - não tá dando mais. - Continuou, e eu vi suas pálpebras cobrirem suas íris maliciosas.
Respirei fundo deixando que o ar saísse de meu nariz lentamente e assim que seus olhos se fixaram nos meus, eu sorri tocando sua mão de dedos cobertos por uma fina camada de chocolate e os trouxe até meus lábios lambendo um deles.
Caleb soltou um riso nasalado e assim que libertei sua mão das minhas, senti o pressionar de seu corpo contra o meu com violência.
Sua ereção roçou em minha cintura, seus braços rodearam meu corpo e suas mãos apertaram minha bunda com uma força indolor.
Gemi em seus lábios incapaz de conter aquela reação.
- Você não tem noção do que tá fazendo comigo. - Ele disse as palavras que saíram quase que por de trás de seus dentes, seu maxilar travado fazia com que sua mandíbula movesse, meus olhos se prenderam ali enquanto suas palavras me traziam arrepios constantes como ondas que passeavam pela minha pele e me ocasionavam uma excitação fora do comum.
Me aproximei de seu rosto, precisando ficar na ponta dos pés para trazer seu ouvido para mais perto de meus lábios.
- Eu quero mais. - Afirmei e observei os pelos de sua nuca se eriçarem, seu cheiro másculo chegou a minhas narinas me inebriando por alguns segundos.
May chorou no andar de cima nos fazendo se afastar revirando os olhos e bufando no mesmo instante, olhei para Caleb e gargalhei enquanto observava o mesmo ir ao banheiro.
Subi para pegar o bebê que chorava no quarto sentindo meu corpo em combustão, reclamando pelo abrupto afastamento e a ausência do calor que emanava de Caleb e transferia para mim.





No dia seguinte, as nuvens branquinhas de céu azul pintaram o cenário da cidade que era aquecida pelo sol que também fazia parte daquela paisagem.

Assim que abri meus olhos e toquei o lado direito do colchão senti a falta de Caleb, sentei-me na cama e observei ao meu redor.
Procurei pelo relógio na persiana e quando o encontrei notei que o mesmo marcava exatas 6:17AM, cedo demais para levantar em um domingo.
Deitei novamente e concentrei-me em tentar dormir de novo, porém a tentativa falhou quando a realidade dos dias seguintes chocou-se com meus pensamentos roubando-me o pouco de sono que ainda me restava.
May não estaria mais ao meu alcance durante dois meses. Suspirei de olhos fechados, dois longos meses.
De certo que ainda teríamos os fins de semana com ela, mas essa idéia não me acalmava. Ficaria completamente preocupada e ligaria todos os dias com toda certeza que cabia em mim.
Decidi levantar e assim que meus pés tocaram o chão e meus olhos alcançaram o calendário na persiana, o círculo redondo em volta do número 22 me fez lembrar daquela data tão importante.
May faria 10 meses no próximo sábado, coincidentemente no dia em que viriam para leva-lá.
Meus olhos umidesseram ao imaginar a cena de May indo embora, sendo arrancada de meus braços.
Lutei firmimente contra a vontade de chorar e levantei-me indo em direção ao banheiro.
Não lamentaria mais.



Quando já estava devidamente vestida de shorts jeans, blusa fresca e o meu par preferido de sapatenis, parei em frente ao quarto de Caleb e abri a porta lentamente.

Meus olhos alcançaram a cena graciosa de May envolta dos braços másculos de Caleb e eu quase era capaz de sentir o cheiro delicioso de sua pele macia sob a cama coberta por edredons claros.
Os dois dormiam calmamente.
Sem problemas e preocupações como se nada fosse capaz de tira-los daquela paz, nada era. Encostei a porta lentamente na intenção de evitar barulhos e inevitavelmente um sorriso apareceu em meus lábios.
Um intervalo breve de felicidade que aqueceu meu coração e o encheu de esperanças e expectativas boas.
Preparei um café, e em seguida chamei por Roger que em segundos se pôs a minha frente.
- Que tal aquele passeio de domingo grandrão? - Perguntei sorrindo enquanto minhas mãos acarissiavam seus pelos, ele latiu alto.
- Shiii! Roger não faça barulho. - O repreendi com um sorriso ainda preso em meus lábios, ele ainda emitiu um som mas se aproximou cheirando-me com intervalo de lambidas em minha bochecha. - Vejo que gostou da idéia grandrão.
Fiquei de pé para pegar sua corrente e voltei para prende-lá devidamente em sua coleira.
Deixei uma mensagem para Caleb em um papel preso no imã da geladeira, e enfiei alguns dólares no bolso do shorts saindo com Roger em seguida para um passeio pelas ruas de Londres.



- Hey... Por favor! - Uma voz feminina soou atrás de mim fazendo-me virar para fitar uma linda moça de cabelos curtos castanhos brilhosos correr em minha direção, juntei as sobrancelhas e esperei a mulher se aproximar visto que vinha até mim.

-Puta que pariu! - Ela soltou assim que me alcançou. - Estou completamente perdida nesta porra. - Disse e eu sobressaltei com seu vobulario notando que Roger cheirava o chão a procura de algo que pudesse brincar ou por na boca.
- Do que precisa? - Perguntei sorrindo achando engraçada a forma que ela apoiava as mãos sobre os joelhos para descansar da corridinha que tinha feito até mim.
- Nossa, perdão... Nem me apresentei. - Estendeu uma mão e ergueu os olhos castanhos claros para os meus, estendi a minha para tocar a sua. - Me chamo Sky, estou aqui a menos de uma semana. Vim pois estou iniciando Jornalismo na Universidade de Londres. - Ela riu. - Foda-se, você não perguntou. - Revirou os olhos com as mãos para o alto e eu ri novamente de sua forma extrovertida. - Só preciso saber aonde tem uma padaria próxima daqui. - Concluiu, e assim que ficamos alguns longos segundos em silêncio, Sky voltou a falar. - Você é muda? - Comentou em tom irônico.
- Não, calma! -Exclamei gargalhando.- É que você me abordou e disse tantas coisas, estou processando. - Fui sincera vendo-a rir também. - Estou indo agora mesmo a um lugar próximo a uma padaria, se quiser pode me acompanhar. - Sugeri.
- Ótima idéia! -Sky vibrou. - Qual é seu nome?
- Ah sim, me chamo Chelsea. Prazer em conhece-lá. - Sorri.
Caminhamos rumo ao Supermercado próximo enquanto conversávamos sobre coisas paralelas. Sky estava morando com mais dois amigos que ajudavam a pagar as despesas da casa a qual estavam alojados dividindo a hospedagem dos mesmos, todos eles estavam iniciando seus cursos na Universidade de Londres e pretendiam terminar daqui alguns anos e iniciar suas carreiras na área a qual se especializavam.
E, por algum momento ela me fez refletir sobre qual estava sendo o rumo de minha vida.
Agora com May durante dois longos meses sob os cuidados dos avós, oque eu faria?
- Falei tanto de mim, e você... O que faz? - Ela questionou dando voz a minha consciência e eu a encarei brevemente depois de voltar a fitar o caminho de volta para a casa.
O que falaria? Que era babá de uma criança que teve os pais mortos em um acidente de carro e que lutava pela guarda dela com seu tio que eu já não sabia o que era meu?
-Vou fazer uma festa familiar no próximo sábado em minha casa, você e seus amigos estão convidados. - Falei. Da onde eu havia tirado aquilo? - Nada demais, algo simplório para comemorar o décimo mês de vida de May. - Disse, percebendo que aquela idéia não era assim tão mal.
Convidaria alguns familiares de May, alguns amigos de Caleb, Perfeito.
Observei a rua a qual havíamos entrado e percebi que chegávamos próximo de onde morava.
- May ? - Sky questionou, não a olhava mas sabia que seus olhos carregavam um "quê" de dúvida.
- Olha, eu moro aqui. -Parei em frente à enorme casa e olhei para Roger.
- Que bela moradia. -Sky comentou.
- Obrigada. - Sorri voltando a encara-la.
- Apareça sábado a tarde, ficarei muito feliz em reve-la. - Afirmei com verdade, havia gostado de Sky.
- Aparecerei sim. -Sorriu.- Vou indo, moro a uma quadra daqui.
- Foi um prazer conhece-lá. - Abri um sorriso.
- Igualmente Chelsea.
Nos despedimos com um beijo no rosto e assim que entrei, Caleb me assustou.
- Quem era? -Ele perguntou sorrindo pra mim enquanto me assistia tirar a coleira de Roger para deixa-lo livre em casa.
- Sky. - Respondi.
- Conheceu no caminho? - Questionou.
- Sim.
- Bonita. - Afirmou e eu o olhei com as sobrancelhas erguidas. - não mais que você, óbvio.- Revirou os olhos concertando-se e aproximou-se de mim para deixar um beijo em meus lábios.
- Já estava com saudade. - Disse, enquanto depositava beijos em meu pescoço.
- Caleb, sábado vamos fazer algo para comemorar o décimo mês de May? - Expus a idéia mudando bruscamente de assunto enquanto tentava afasta-lo do meu pescoço, foi em vão.
- Sim, amor. - Ele positivou minha ideia, mas parecia muito mais entretido em terminar a sua tarefa de distribuir beijos em meu pescoço até me enlouquecer.
- Caleb! - Pedi e ele afastou-se, meu corpo negligenciou.
Não queria que ficasse perto, mas também não queria que ficasse tão longe, o que diabos era aquilo?
-Pensando em fazer o que? - Perguntou, despertando-me de meus pensamentos.
- Um bolo, bexigas, salgados, uns amigos seus da academia, uns parentes da família de Lillian...
- E os avós de May? - Interrogou com os olhos fixos nos meus.
- Sim. - Afirmei abaixando o olhar, sabendo que aquela festa não teria um fim tão magnífico pois a pequena seria levada por eles no mesmo dia.
- Vai ficar tudo bem, meu anjo. - O homem se aproximou novamente notando que havia mudado repentinamente para uma expressão entristecida e deixou um beijo em minha testa.
- Vai sim. - Disse, baixo quase que para mim mesma.
- Cinquenta e cinco dias. - Caleb sussurrou e eu suspirei sob seu peito.
- Cinquenta e cinco longos dias...





Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro. (Leonardo da Vinci)




Nota da Autora: ÉÉÉ JÁ TÁ FICANDO CHATO NÉ? ESSA DEMORA PRA POSTAR POIS É! 
Mais  bora focar nas coisas boas? HAHAHA 
Foca nesse Lay lindooo desenvolvido pela Ana, mano.. só amores! Obrigada Anazinha. 
Beijo grande pra Mel também que é brasileira e não desiste nunca de C.H, é por vocês que eu também não desisto! 
Beijo Grande e até sabádooo (prometo!)

Um comentário:

  1. Chegaaaaay e desculpa se demorei, eu to sem tempo pra respirar :/
    Ahhhhhh você é maravilhosa, mulher! Prende a gente durante todo o capítulo :o
    A gente sofre junto com os personagens, num é?! Mas vou manter a esperança de que vão ficar com May, amééeém
    Continuaaaaaa que mesmo demorando eu to acompanhando <3

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